12/08/2020 - Equipe Target
NBR 14722 de 07/2020 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Tubulação não metálica subterrânea — Polietileno
A NBR 14722 de 07/2020 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Tubulação não metálica subterrânea — Polietileno especifica os requisitos de desempenho da tubulação não metálica, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD), aplicada às instalações subterrâneas de transferência de combustível líquido, seus vapores e ARLA 32, em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) e em sistemas de armazenamento aéreo de combustíveis (SAAC), estabelecendo ensaios que garantam sua funcionalidade, segurança e proteção ambiental. Não é aplicável à tubulação destinada à condução de Gás Natural (GN) e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). A tubulação deve ser um conjunto de tubo, conexão e transição, projetados e ensaiados em conjunto, conforme estabelecido nesta norma.
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Qual deve ser o método para o ensaio de pressão negativa?
Qual deve ser o método para ensaio de compressão diametral em temperatura elevada?
Como deve ser executado o ensaio de resistência à perfuração?
Todo tubo, conexão e transição devem ser submetidos aos ensaios de qualificação para demonstrar a sua adequabilidade a esta norma. Os ensaios de qualificação devem ser efetuados sempre que houver qualquer alteração na matéria prima, no processo de fabricação ou no projeto. Os tubos, conexões e transições disponibilizados para uso devem ser produzidos conforme processo e materiais aprovados nos ensaios de qualificação. Considerar o Anexo A para avaliação da conformidade, listando ensaios para qualificação, ensaios de controle de fabricação e ensaios de auditoria. A matéria prima para fabricação dos tubos deve ser o composto de polietileno, contendo somente aditivos e pigmentos necessários para atender aos requisitos desta norma na fabricação e aplicação do tubo, incluindo processabilidade, homogeneidade e uniformidade do composto.
O composto de polietileno deve ser o fornecido pelo fabricante do polímero, de forma que o fabricante do tubo nada acrescente à matéria prima adquirida. A classificação do composto deve ser comprovada pelo seu fabricante com a apresentação da curva de regressão, para cada código de composto. Os compostos de polietileno devem ser classificados como PE 80 ou PE 100, conforme a ISO 12162, utilizando-se o método de extrapolação da ISO 9080, onde: PE 80: MRS = 8 MPa, quando 8 ≤ LPL < 10 MPa; PE 100: MRS = 10 MPa, quando LPL ≥ 10 MPa. MRS – Minimum required strength/LPL – Lower confidence limit of the predicted hydrostatic strength.
O fabricante do composto deve comprovar que o seu produto atende às características das tabelas abaixo, exceto para o teor de negro de fumo, quando a cor do tubo for diferente de preto. O fabricante do composto de polietileno deve comprovar os resultados dos ensaios indicados nas tabelas por meio de um certificado da qualidade de cada lote produzido, de forma que todas as amostras atendam aos seus requisitos.
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O material utilizado para fabricação da camada de barreira físico-química interna (liner) fica a critério de cada fabricante. Os tubos, para os efeitos desta norma, são classificados em classe 1: tubo primário com tubo de contenção secundária, onde o tubo primário é encamisado pelo tubo de contenção secundária no processo de fabricação; classe 2: tubo primário de parede simples. O tubo primário das classes 1 e 2 deve atender aos requisitos descritos abaixo e o tubo secundário (contenção ou segunda parede) da classe 1 deve atender aos requisitos descritos abaixo.
O tubo primário deve ser fabricado com múltiplas camadas, sendo uma camada estrutural de polietileno de alta densidade (PEAD), PE80 ou PE100, e no mínimo uma segunda camada interna visível como barreira físico-química interna contra permeabilidade (liner). O tubo de contenção secundária deve ser fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD), PE80 ou PE100, e deve ser capaz de conter e possibilitar a detecção de vazamento. O tubo de contenção secundário não pode ser fornecido separadamente do tubo primário.
Toda tubulação deve possuir conexão que permita a interligação sem vazamento com componentes do SASC. A conexão, seja mecânica ou eletrossoldável, deve ter projeto compatível com o projeto da tubulação que se deseja aplicar. Os tipos de interligações entre tubo, conexão e/ou transição são descritos a seguir. A conexão mecânica e/ou transição mecânica é aplicável à interligação sem aplicação de calor, que assegure estanqueidade e resistência a esforços axiais. A conexão e/ou transição para interligação mecânica deve ser feita em aço inoxidável ou metal niquelado. Os selos de vedação, quando aplicáveis, devem ser de elastômero, polímero, plástico ou metais macios maleáveis, resistentes a combustíveis e fluidos de ensaio.
O processo é executado com conexão que possua filamentos elétricos, nos quais é aplicada uma diferença de potencial elétrico, gerando calor que possibilite a soldagem por fusão da conexão ao tubo ou outra conexão. O diâmetro externo e a espessura da parede do tubo devem ser estabelecidos pelo fabricante, desde que a relação diâmetro externo nominal por espessura mínima da base estrutural (SDR) seja igual ou menor que 17, quando fabricado em PE100, e 13,6, quando fabricado em PE80, para tubo primário, e 26 para tubo secundário. O diâmetro externo e a ovalização máxima permitida devem ser de acordo com a ISO 4427-2. A espessura da camada estrutural do tubo deve ser marcada em milímetros, conforme a Seção 7.
A tubulação deve ser totalmente operacional entre – 20 °C e + 50 °C. A tubulação primária deve ser projetada e fabricada para operar com classe de pressão nominal mínima de PN8 (8 bar). As conexões e transições correspondentes ao tubo devem suportar pressão igual ou superior ao tubo. A classe de pressão do tubo deve ser marcada no tubo conforme a Seção 7.
Pode-se acrescentar que os ensaios de qualificação são realizados para comprovar que o sistema de tubulação (composto por tubos, conexões, transições e respectiva montagem) está em conformidade com os requisitos indicados nesta norma. Os ensaios de qualificação devem ser considerados válidos até que ocorra alteração em algum dos itens a seguir: matéria prima (por exemplo, composto, adesivo e liner): todos os ensaios de qualificação devem ser repetidos; projeto (por exemplo, espessura, diâmetros, transição e conexão): todos os ensaios de qualificação devem ser repetidos; processo de fabricação (por exemplo, alteração de equipamentos e sistema de produção): apenas os ensaios mecânicos devem ser repetidos.
Os ensaios de controle de fabricação (BRT – Batch Release Tests) devem ser realizados pelo fabricante em cada lote de fabricação de tubo. Um lote de fabricação de tubo deve ser liberado para fornecimento quando todos os ensaios e inspeções especificados tiverem sido realizados nas frequências especificadas e forem considerados conformes.
Se um tubo falhar em relação a quaisquer características, o lote de fabricação de tubo deve ser rejeitado ou os procedimentos de reensaio devem ser executados para a característica na qual o tubo falhou. Para cada lote de fabricação de tubo, o fabricante deve gerar um relatório com os resultados dos ensaios, contendo no mínimo o seguinte: diâmetro externo nominal (DE) do tubo; pressão nominal (PN); código de rastreabilidade; data de início da fabricação do lote; identificação do composto de polietileno utilizado e demais matérias primas, com respectivos lotes e certificados do fornecedor; quantidade do lote de fabricação, em metros.
FONTE: Equipe Target