12/02/2020 - Equipe Target
NBR 16023 de 01/2020 - Vidros revestidos para controle solar
A NBR 16023 de 01/2020 - Vidros revestidos para controle solar — Requisitos, classificação e métodos de ensaio estabelece as características e propriedades e especifica os requisitos gerais e métodos de ensaio, para garantir a qualidade e o desempenho dos vidros revestidos para controle solar.
Acesse algumas perguntas relacionadas a essa norma GRATUITAMENTE no Target Genius Respostas Diretas:
Quais as tolerâncias de aceitação das características fotoenergéticas?
Quais as zonas a serem examinadas para medições espectrofotométricas?
Como executar a resistência à névoa salina?
Qual deve ser a quantidade de corpos de prova para os ensaios?
Os vidros revestidos podem ser classificados em quatro classes, conforme a seguir: Classe A: o vidro pode ser utilizado como monolítico, temperado, laminado ou insulado e sua face revestida pode ser tanto externa, quanto interna; b) Classe B: o vidro pode ser utilizado como monolítico, temperado, laminado ou insulado e sua face revestida deve ser interna; Classe C: o vidro só pode ser aplicado com a face revestida protegida, seja em contato com o intercalário (laminado) ou voltada para a câmara do vidro insulado, não pode ser aplicado monolítico; Classe D: o vidro só pode ser aplicado com a face revestida protegida, seja em contato com o intercalário (laminado) ou voltada para dentro da câmara do vidro insulado, não pode ser aplicado monolítico.
Para este tipo de vidro deve haver o desbaste do metal na faixa perimetral próxima à borda, para que não ocorra a oxidação ou contaminação, no caso de laminação ou insulamento. O tamanho da faixa de desbaste deve ser informado pelo fabricante. É responsabilidade do fabricante definir e informar qual classe do vidro acima que mais se adapta à sua utilização final.
O substrato a ser utilizado para vidros revestidos de controle solar deve seguir o padrão de qualidade de processo estabelecido na NBR NM 294:2011, 3.2.2. Recomenda-se que, para vidros revestidos para controle solar no processo offline, o substrato vítreo seja utilizado em no máximo dez semanas de sua fabricação. Os requisitos da qualidade relativos às dimensões devem estar conforme a NBR NM 294.
Distúrbios pontuais da transparência visual quando observados através do vidro e do fator de reflexão observado no vidro. Eles podem ser: pontos (spots): defeitos, normalmente escuros, que devem ser observados na posição de transmissão do revestimento; pinhole: defeito pontual caracterizado pela ausência parcial ou total de revestimento (coating), sendo que ele contrasta normalmente com o revestimento (coating), com aspecto incolor, quando visto em transmissão; cluster: aglomerado de pinholes; riscos: marcas lineares no revestimento, que variam de tamanho e concentração.
A mancha é um defeito caracterizado pela falta de homogeneidade do revestimento, sempre em forma irregular, alterando o aspecto visual do vidro. A falha no processo de metalização é caracterizada por uma não uniformidade da cor do vidro, facilmente identificada visualmente, dentro de uma mesma chapa. Nas condições de análise, os defeitos são detectados de forma visual, observando o vidro de controle solar em transmissão e em reflexão. Deve-se utilizar fonte luminosa artificial.
Uma fonte luminosa artificial (céu artificial) é um plano que emite luz difusa de intensidade uniforme. É obtida com a ajuda de uma fonte luminosa cuja temperatura de cor correlata está compreendida entre 4.000 e 6.000 K. Em frente às fontes luminosas dispostas coloca-se um painel que difunde a luz, sem seleção espectral.
O nível de iluminação sobre a superfície do vidro deve estar compreendido entre 400 lx e 20.000 lx. Como condições do exame, os vidros revestidos devem ser inspecionados em chapas com dimensões passíveis de armazenamento ou com as dimensões finais prontas para instalação. A inspeção deve ser efetuada na fábrica. O painel de vidro de controle solar deve ser examinado em sua face vítrea, a uma distância mínima de 3 m. A inspeção do vidro em transmissão e reflexão deve ser realizada pelo observador, conforme demonstrado na figura abaixo.
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No caso de vidros para controle solar com dimensões finalizadas e preparadas para instalação, devem ser examinadas duas zonas: a zona principal e a zona da borda. Realizadas no sentido de verificar as propriedades do vidro revestido relacionadas às: propriedades ópticas: transmissão luminosa (TL), reflexão luminosa (RL), coordenadas de cor (L*, a* e b*) e variação espacial de cor (deltaE); propriedades energéticas (transmissão energética (TE), reflexão energética (RE), fator solar (g-value) e absorção térmica (Abs) e emissividade.
Este tipo de análise deve ser realizado na fábrica, para liberação da produção e também pode ser realizada no cliente e/ou após o produto instalado na obra. Para as condições de análise, medições espectrofotométricas devem ser realizadas através de equipamentos que atendam à metodologia de cálculo contida na EN 410. Medições de cor devem ser realizadas através de equipamentos que atendam à metodologia de cálculo contida na CIE N. 15.2.
As medições de emissividade devem ser realizadas através de equipamentos que atendam à metodologia de cálculo contida na EN 12898. Existem três tipos de equipamentos para medição das propriedades em questão: espectrofotômetro de bancada: utilizado para medição das propriedades térmicas e ópticas em amostras laboratoriais; colorímetro de bancada: utilizado, exclusivamente, para medição das propriedades ópticas em amostras laboratoriais; espectrofotômetro portátil: utilizado para medição das propriedades térmicas e/ou ópticas em chapas e/ou peças nas dimensões finais.
Na avaliação espectrofotométrica, a transmitância total (direta mais difusa) medida de 550 nm e a 900 nm, após o ensaio, não pode aumentar em mais de 5% em relação aos valores medidos sobre a amostra de referência. Para exemplificar, se a transmissão luminosa medida antes do ensaio for de 30%, o valor medido no corpo de prova após o ensaio não pode ser superior a 35%.
Para a resistência à condensação, na avaliação visual, após o ensaio de condensação, não aceitar: qualquer defeito com mais 3 mm de comprimento; mais de um defeito entre 2 mm e 3 mm de comprimento; mais de cinco defeitos com comprimento entre 1 mm e 2 mm; nenhuma fissura ou mancha sobre a camada de revestimento. Após o ensaio, quando comparado à amostra de referência, o corpo de prova deve apresentar apenas uma perda homogênea de brilho. A inspeção deve feita em 20 s. Deve ser desprezada na avaliação a área do corpo de prova em contato com os suportes da câmara do ensaio.
Na avaliação espectrofotométrica, a transmitância medida a 550 nm e a 900 nm, após o ensaio, não pode aumentar em mais de 3% dos valores medidos nas amostras de referência. Para exemplificar, se a transmissão luminosa medida antes do ensaio for de 30%, o valor medido no corpo de prova após o ensaio não pode ser superior a 33%. Para vidros com baixa emissividade, fator de reflexão em 8 μm não pode reduzir em mais de 2%.
Para a resistência a ácido, a transmitância medida a 550 nm e a 900 nm após o ensaio não pode aumentar em mais de 3% dos valores medidos nas amostras de referência. Para exemplificar, se a transmissão luminosa medida antes do ensaio for de 30%, o valor medido no corpo de prova após o ensaio não pode ser superior a 33%. Para vidros com baixa emissividade, fator de reflexão em 8 μm não pode reduzir em mais de 2%.
FONTE: Equipe Target