08/05/2019 - Equipe Target
As diretrizes para o uso de água em edificações
Em projeto para votação até o dia 13 de maio de 2019, a NBR 16782 - Conservação de água em edificações - Requisitos, procedimentos e diretrizes (nova norma) especifica requisitos e estabelece procedimentos e diretrizes para a conservação de água em edifícios, novos e existentes, na combinação de ações para a gestão da demanda e para a gestão da oferta, conforme viabilidade técnica e econômica caso a caso. Esta norma não é aplicável a processos industriais. Os requisitos especificados são aplicáveis aos incorporadores, construtores, projetistas, instaladores, fabricantes de materiais e componentes, gestores de água, operadores privados, empresas prestadoras de serviços de saneamento, síndicos, gestores de prédios, zeladores e demais usuários.
A redução do consumo de água em edificações é parte constituinte de uma estratégia abrangente de redução da pressão imposta aos mananciais, buscando-se otimização no uso dos recursos hídricos disponíveis, a favor da viabilidade de centros urbanos, em especial aqueles com expressivo adensamento populacional, com melhoria da gestão da água. Existem diversas práticas aplicáveis à conservação de água em edifícios, com a utilização de tecnologias para uso eficiente da água.
No entanto, ainda há lacuna normativa para o estabelecimento de boas práticas e incentivo à difusão de tecnologias, processos e práticas que visem a uma abordagem mais sistêmica e abrangente sobre o assunto e que permitam a perenidade dos resultados obtidos. A conservação de água em edifícios é definida como o conjunto de ações que, além de otimizar a operação do sistema predial de modo a reduzir a quantidade de água consumida (gestão da demanda), promovem também o uso de água proveniente de fontes alternativas à água potável fornecida pelo sistema público ou privado (gestão da oferta).
A gestão da demanda possui foco no uso eficiente da água, por meio de ações no sistema hidráulico que viabilizam a utilização de menor quantidade de água para a realização das mesmas atividades e o permanente monitoramento de indicadores de consumo durante a ocupação, o que permite rapidamente identificar e corrigir elevações de consumo não desejadas. A gestão da oferta, por sua vez, foca na redução do consumo de água potável por meio do uso de água não potável em processos consumidores específicos, ou seja, a utilização de água menos nobre para fins menos nobres.
Ao mesmo tempo em que a economia gerada pela utilização de água não potável para processos específicos resulta em redução de consumo de água potável, há também maiores riscos sanitários associados à esta prática, demandando capacitação técnica e responsabilização dos gestores e fornecedores. O papel do usuário na conservação da água é fundamental, sendo importante prever ações de conscientização e capacitação para o correto uso, operação e manutenção.
A conservação de água em edifícios é def...