27/02/2019 - Equipe Target
NBR 7613 de 02/2019: a determinação do momento de circulação (MC) e do grau de importância (Gi) para travessia rodoviária por via férrea
A NBR 7613 de 02/2019 - Via férrea - Travessia rodoviária - Determinação do grau de importância e momento de circulação estabelece os requisitos para a determinação do momento de circulação (MC) e do grau de importância (Gi) para travessia rodoviária por via férrea, em um mesmo nível.
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Qual seria o comparativo das classificações de via?
Qual o triângulo de visibilidade com o veículo em movimento?
Quais são as variáveis do triângulo de visibilidade com o veículo em movimento?
As classes de rodovias e vias urbanas são definidas conforme o Anexo A. Como considerações gerais, pode-se dizer que os índices do momento de circulação (MC) e grau de importância (Gi) representam numericamente a intensidade de utilização de uma passagem em nível (PN), que é formada pelo cruzamento ou travessia em nível de uma via rodoviária com uma via férrea, no qual transitam veículos ferroviários, veículos rodoviários e pedestres.
O triângulo de visibilidade proporciona ao condutor do veículo rodoviário a possibilidade de ver uma composição ferroviária se aproximando de uma PN, independemente do lado em que ele esteja, esquerdo ou direito, e seja capaz de decidir pela parada do veículo ou pela travessia da PN com segurança.
Os cálculos do triângulo de visibilidade devem ser conforme o Anexo B e são determinantes para definir se a sinalização da PN deve ser ativa ou passiva, conforme classificação apresentada na NBR 15942. Quanto ao cálculo do grau de importância (Gi), que define se a proteção da PN deve ser ativa ou passiva, o valor do Gi é função dos fatores de segurança e tráfego que caracterizam a PN, devendo ser calculado pela seguinte equação: Gi = f × T × V (1), onde f é o fator representativo das condições de visibilidade, localização e trânsito da PN; T é a quantidade de trens, em ambos os sentidos, por dia; V é o volume de veículos rodoviários, em ambos os sentidos, por dia.
Assim, o Gi é um número adimensional. Havendo variações significativas de qualquer dos parâmetros que influenciam no valor do Gi, este deve ser reavaliado. A proteção da PN, em função do Gi, deve ser conforme a tabela abaixo.
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Para Gi > 50.00, recomenda-se estudar a viabilidade de construção de passagem em desnível, em substituição da PN. Para o cálculo do fator representativo das condições de visibilidade (f), deve-se utilizar a tabela abaixo e considerar o seguinte: deve ser assinalado um valor na 2ª coluna para cada uma das características relacionadas na 1ª coluna; multiplica-se o valor assinalado na 2ª coluna pelo peso de importância indicado na 3ª coluna, registrando-se o valor final na 4ª coluna, para cada característica. Somando-se todas as parcelas do valor final (4ª coluna) e dividindo-se o total por 100, tem-se o valor de f, que varia de 1 a 2.
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A quantidade de trens é igual ao número total de trens que circulam no local da travessia, nos dois sentidos, para o mesmo período considerado no cálculo do volume de veículos, mediante a soma das médias diárias de: trens que circulam de acordo com horários pré-fixados (trens regulares); trens não regulares multiplicada por 1,25.
O volume de veículos pela via pública, no período considerado, deve ser calculado de acordo com o Anexo C. O momento de circulação (MC) define o tipo de sinalização rodoviária a ser utilizado. O MC representa numericamente a intensidade do tráfego de veículos que utilizam a passagem em nível no período de 24 h.
O momento de circulação deve ser calculado pela seguinte equação: MC = (0,6 × V × T) L, onde V é a quantidade de veículos; T é a quantidade de trens; L é o fator de ajustamento para o número de vias férreas. Havendo variações significativas de qualquer dos parâmetros que influenciam no valor do MC, este deve ser reavaliado.
O valor L deve ser igual a: 1,0 para via singela; 1,3 para via dupla; 1,5 para via tripla ou mais. O tipo de equipamento de sinalização rodoviária a ser adotado em cada passagem de nível, em função do momento de circulação (MC), é determinado conforme a NBR 15942.
O volume ou fluxo de tráfego é definido pelo número de veículos que passam por uma via ou faixa em uma determinada unidade de tempo. Ele pode ser calculado em veículos/hora, veículos/dia ou de acordo com o escopo do estudo. A contagem pode ser realizada em um sentido de direção do tráfego, ou em ambos os sentidos da via.
O volume pode ser composto pelo tráfego misto, representado pela “unidade de tráfego misto” (utm), ou ainda, os veículos podem ser convertidos para a mesma unidade, denominada de equivalente carro ou fator de equivalência, expressos como “unidades carro de passeio” (ucp) [8], conforme o Anexo D. A unidade de medida de tráfego mais utilizada em uma rodovia é o volume médio diário (VDM) definido pelo volume médio de veículos que a utilizam durante um dia.
Contudo, o volume pode sofrer inúmeras variações, isto é, pode ser medido dentro de uma hora, dia, semana, mês e ano. Para os aspectos relacionados ao escoamento da passagem em nível, é utilizado o volume de hora de pico, uma vez que, neste período, a via recebe o maior volume de tráfego ao longo dia, podendo atingir a capacidade da via.
O volume de hora de pico que transita por uma seção da via não é uniforme, para esta hora são separados quatro intervalos de 15 min consecutivos, sendo escolhido o período dentre a amostra com maior valor para o cálculo referido. Para se obter o volume diário, deve-se multiplicar o volume de hora de pico por 24, conforme a Equação: Volume = 24 × (4 × V15 min).
FONTE: Equipe Target