14/09/2016 - Equipe Target
Sistema de gás natural veicular
A NFPA 52: Vehicular Natural Gas Fuel Systems Code, 2016 Edition descreve os requisitos para o projeto, instalação, operação e manutenção de sistemas de gás natural veicular para todos os tipos de veículos, além de sua respectiva compressão, armazenamento e sistemas de distribuição. Este código se aplica a todas as instalações com armazenamento de gás natural veicular e gás natural liquefeito em recipientes de 70.000 litros ou menos.
Por causa da vantagem de custo do gás natural sobre os combustíveis líquidos à base de petróleo, um número crescente de veículos movidos a gás natural estão sendo colocados em serviço. Como resultado, essa norma pode ser referenciada mais do que nunca pelos gestores de projetos, engenheiros, instaladores, prestadores de serviços, profissionais de manutenção, instalações e autoridades competentes.
Renomeada e completamente reorganizada, a edição de 2016 apresenta um formato mais amigável no seu uso e uma maior coerência com a CSA Group NGV 5.1 Standard e com o International Fuel Gas Code (IFGC).
Conteúdo da norma
Capítulo 1 Administração
1.1 Escopo
1.2 Objetivo
1.3 Retroatividade
1.4 Disposições alternativas
1.5 Unidades
1.6 Aplicação
1.7 Treinamento
Capítulo 2 Publicações referenciadas
2.1 Geral
2.2 Publicações NFPA
2.3 Outras publicações
2.4 Referências obrigatórias para as seções
Capítulo 3 Definições
3.1 Geral
3.2 Definições oficiais da NFPA
3.3 Definições gerais
Capítulo 4 Gestão das instalações
4.1 Geral
4.2 Materiais de construção
4.3 Qualificações
4.4 Equipamentos de segurança
4.5 Operações e manutenção
4.6 Treinamento em gás natural veicular
4.7 Treinamento em gás natural liquefeito
4.8 Requisitos dos riscos particulares
Capítulo 5 Proteção contra incêndios em instalações
5.1 Geral
5.2 Gás natural veicular (requisitos suplementares)
5.3 Gás natural liquefeito (requisitos suplementares)
6 Detecção de gás, alarme e sistemas de emergência em instalações
6.1 Geral
6.2 Requisitos do gás natural veicular (suplementar)
6.3 Requisitos do gás natural liquefeito (suplementar)
Capítulo 7 Qualidade do combustível
7.1 Geral
7.2 Gás natural liquefeito
7.3 Gás natural veicular
Capítulo 8 Equipamentos nas instalações
8.1 Escopo
8.2 Aplicação
8.3 Geral
8.4 Sistemas de gás natural veicular
Capítulo 9 Armazenamento ao ar livre
9.1 Escopo
9.2 Geral
9.3 Requisitos suplementares do gás natural veicular
9.4 Requisitos suplementares do gás natural liquefeito
Capítulo 10 Armazenamento em ambientes fechados
10.1 Escopo
10.2 Geral
10.3 Requisitos suplementares do gás natural veicular
10.4 Requisitos suplementares do gás natural liquefeito
Capítulo 11 Abastecimento de gás natural veicular
11.1 Aplicação
11.2 Geral
11.3 Distribuição do gás natural veicular
Capítulo 12 Abastecimento gás natural liquefeito em residências
12.1 Aplicação
12.2 Qualificações dos componentes do sistema
12.3 Requisitos gerais de segurança
12.4 Instalação
12.5 Instalação de válvulas reguladoras de pressão
12.6 Instalação de medidores de pressão
12.7 Regulação de pressão
12.8 Canalização e mangueira
12.9 Teste
12.10 Instalação de equipamento de desligamento de emergência
12.11 Operação
12.12 Manutenção e inspeção.
Capítulo 13 Abastecimento gás natural veicular
13.1 Aplicação
13.2 Geral
13.3 Distribuição de gás natural veicular
13,4 Armazenamento de gás natural veicular
13.5 Sistemas de tubulação e componentes
Capítulo 14 Equipamentos automotivos
14.1 Escopo
14.2 Aplicação
14.3 Geral
14.4 Gás natural veicular (requisitos suplementares)
14.5 Requisitos suplementares para o gás natural liquefeito
Capítulo 15 Combustíveis automotivos e sistemas de segurança
15.1 Aplicação
15.2 Geral
15.3 Motor para sistemas de combustível veicular
15.4 Engenharia de sistemas de combustível veicular
Capítulo 16 Requisitos de instalação de Tanques ASME para gás natural combustível
16.1 Aplicação
16.2 Geral
16.3 Recipientes
16.4 Fundações dos recipiente e suportes
16.5 Contêiner e instalação
16.6 Válvulas de retenção para os produtos
16.7 Inspeção
16.8 Teste e purga de contêineres de gás natural veicular
16,9 Tubulações
16.10 Instrumentação do contêiner
16.11 Calibração de pressão e controle
Capítulo 17 Reservado
Capítulo 18 Reservado
Anexo A Materiais explicativos
Anexo B Regulamento para amostragem usando a NFPA 52
Anexo C Dispositivos de alívio de pressão
Anexo D Referências informativas
O veículo a ser adaptado para o uso de GNV deve estar em perfeito estado de conservação e operação, tanto no conjunto motopropulsor, como também em sua estrutura. A estrutura do veículo a ser adaptado para o uso de GNV deve permitir a instalação segura dos suportes necessários à fixação dos componentes de GNV.
Os elementos da suspensão devem estar em condições de operação regular conforme as especificações e recomendações do fabricante do veículo. O funcionamento do conjunto motor considerando as partes fixas e móveis e todos os elementos de vedação e complementos do conjunto.
O aspecto do bloco do motor, cabeçote, tampa do cárter e tampa do cabeçote quanto à existência de trincas e vazamentos de óleo lubrificante e/ou líquido de arrefecimento. O aspecto da ponteira do escapamento quanto à formação de borra de óleo queimado ou lavagem por vapor d'água, sintomas clássicos de desgaste ou defeito grave de funcionamento do motor.
O catalisador e os abafadores do sistema de escapamento quanto a entupimentos e/ou vazamentos de gases de combustão. A pressão de compressão dos cilindros, certificando-se de que há equilíbrio entre eles e conforme as especificações do fabricante.
A maior diferença de pressão entre cilindros não deve ser superior a 10 % da pressão dinâmica efetiva. Consultar o manual do instrumento de medição utilizado. E as condições do óleo lubrificante, filtro de óleo lubrificante e funcionamento geral do sistema de lubrificação.
Os componentes do sistema GNV devem ser fixados dentro do perímetro do veículo, com exceção do compartimento de passageiros ou cabine, para-choques, nas regiões de atuação e nos componentes móveis ou de deformação. Não aplicável aos componentes eletrônicos específicos.
Os componentes do sistema de GNV devem ser fixados ao chassi ou à carroçaria do veículo, de tal forma que ofereçam rigidez de fixação e segurança aos usuários do veículo e à sua da carga. Quando os componentes do sistema de GNV forem instalados sob o veículo, a altura livre e os ângulos de entrada e de saída e de rampa do veículo devem ser verificados e mantidos conforme a configuração do veículo original.
Quando identificado o risco de um componente do sistema GNV ser atingido por objetos lançados ou atingir obstáculos decorrentes do tráfego do veículo, devem ser instalados anteparos rigidamente fixados que o protejam de impactos e ou danos. Caso haja a remoção de pintura ou proteção superficial de parte ou peça do veículo, ou ainda do componente do sistema de GNV durante a instalação, deve-se aplicar esmalte automotivo e ou produto equivalente ou superior para proteção contra corrosão.
A fixação dos componentes do sistema de GNV em local que demonstre possível acúmulo de umidade e ou condensação deve ser evitada. Caso não seja possível evitá-la, deve ser instalado um sistema de renovação de ar e/ou de drenagem de condensados.
Os componentes do sistema de GNV devem ser instalados de forma que todo e qualquer vazamento produzido por falhas de vedação e/ou atuação dos dispositivos de segurança seja liberado para a atmosfera exterior ao veículo. Os dispositivos de alívio de pressão instalados nos cilindros devem receber invólucros específicos dotados de dutos que conduzam o GNV liberado para a atmosfera exterior ao veículo.
Toda conexão e, ou componente instalado no interior do veículo, compartimentos de passageiros, de bagagens e/ou de carga deve ter a estanqueidade garantida e devem ser verificados os riscos de contenção indevida de GNV no interior do veículo. O Quando o componente do sistema de GNV for instalado próximo a fontes de calor que possam gerar temperaturas superiores a 120 ºC ou fontes de frio que possam gerar temperaturas inferiores a -20 ºC, que possam comprometer o funcionamento do componente ou colocá-lo em risco de dano permanente, devem ser instalados protetores térmicos com resistência térmica e dimensionamento suficientes para atender aos limites de temperaturas mencionados.
A aplicação de isolantes térmicos não deve comprometer o funcionamento de quaisquer sistemas vinculados à configuração original do veículo. Os dispositivos de segurança que operam com elementos termossensíveis não devem ser isolados ou protegidos termicamente.
Todo e qualquer componente eletrônico ou elétrico do sistema de GNV deve receber isolamento térmico permanente quando houver o risco de sofrer calor radiante. Quando instalados sistemas GNV policombustível em veículos rodoviários e veículos automotores, deve-se tomar os cuidados necessários para que o sistema de alimentação do combustível original do veículo, incluindo o sistema de gerenciamento eletrônico, quando pertinente, opere conforme as especificações originais do veículo, quando solicitado.
Todos os componentes, dispositivos e peças do acabamento do sistema GNV devem ser dimensionados, construídos, posicionados e fixados em conformidade com as normas de aplicação na indústria automobilística. Em nenhuma hipótese qualquer componente do sistema de GNV pode ter seu projeto alterado sem a aprovação formal do fabricante.
O suporte de cilindro a ser instalado deve ser compatível com o cilindro a ser suportado e ao veículo no qual será fixado. A instalação do suporte deve ser feita dentro do perímetro definido por outros componentes do veículo, em local adequado e o mais distante possível de suas extremidades, não comprometendo a ergonomia, a dirigibilidade e a movimentação do veículo.
Utilizando os furos existentes na base do suporte como referência, marcar os pontos a serem furados na carroçaria, de tal forma que coincidam com as longarinas ou nervuras existentes na estrutura. Executar as furações com brocas de diâmetros equivalentes às furações previstas para fixação existentes no suporte.
Recomenda-se a realização de pré-furo com broca de diâmetro menor, para que sirva de guia para a furação definitiva. Após a execução dos furos na carroçaria do veículo as regiões afetadas devem ser protegidas contra corrosão.
O suporte de cilindro de GNV deve ser posicionado e fixado no veículo através dos parafusos, porcas, arruelas e elementos de reforço auxiliares fornecidos pelo fabricante ou que possuam as mesmas especificações de resistência e proteção superficial. Antes de instalar o cilindro no veículo, devem ser verificadas ocorrências de deformações, quaisquer danos na pintura, pontos de corrosão e quaisquer outras anormalidades que possam comprometer sua integridade. Também, devem ser verificadas condições de tal forma que o cilindro não sofra trações ou torções e que este não se constitua em elemento estrutural do veículo.
O cilindro deve ser posicionado no suporte de fixação de tal forma que: os cilindros instalados sob o veículo devem estar posicionados antes do eixo dianteiro e não devem interferir com a região de fixação do para-choque traseiro; os cilindros instalados sob o veículo não devem interferir com as regiões abrangidas pela movimentação da suspensão e/ou do sistema de freios; permita fácil acesso à válvula de cilindro; ofereça proteção à válvula de cilindro e esta esteja protegida de sujeira e distante do sistema de alta voltagem e do coletor de escapamento; ofereça proteção à válvula de cilindro contra danos decorrentes de quaisquer impactos e ou de substâncias que possam comprometer sua operação; os cilindros, quando instalados sob o veículo, estejam protegidos com batentes, revestidos de borracha ou material equivalente, com a finalidade de oferecer proteção contra impactos e/ou de objetos lançados decorrentes do deslocamento do veículo; permita a instalação e o manuseio dos dispositivos de abertura e fechamento da válvula de cilindro do sistema de ventilação.
As cintas principais e auxiliares e os batentes ou cintas limitadoras devem ser revestidos com elementos de proteção constituídos de borracha antideslizante ou material equivalente. As cintas de fixação do cilindro ao suporte devem ser posicionadas de forma equidistante, no corpo do cilindro de GNV, a uma distância mínima de 50 mm das calotas do cilindro.
FONTE: Equipe Target