08/06/2016 - Equipe Target
Tubos de aço de grande diâmetro
A NBR 15793 de 05/2016 - Tubos de aço de grande diâmetro, com solda, para revestimento de poços de petróleo — Requisitos e método de ensaio estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para o fornecimento de tubos de aço com solda de diâmetro nominal (externo) igual ou maior que 457 mm (18”). Os tubos de aço podem ser fornecidos com extremidades lisas, biseladas, roscadas ou soldadas a acessórios.
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Como deve ser a fabricação do tubo?
Como devem ser fabricadas as extremidades do tubo?
Os tubos devem ser fornecidos conforme a ISO 3183, complementados pelos requisitos especificados em 4.1 a 4.9. Os tubos devem ser fabricados com solda longitudinal. Para dimensões onde não seja possível a formação de apenas um tramo de 12 m, é permitida a solda circunferencial, limitada ao máximo de quatro tramos por tubo.
As soldas longitudinais entre tramos adjacentes devem ser defasadas em no mínimo cinco vezes a espessura nominal da chapa ou 150 mm, o que for maior. Os tubos devem ser fornecidos nos diâmetros e espessuras de parede indicados na Tabela 1 (disponível na norma).
Os diâmetros externos e internos devem ser dimensionados de modo que permitam a passagem dos calibradores externo e interno especificados na Tabela 1. O calibrador externo deve ser circular, sem rasgo para o cordão de solda, e deve passar até 1 m de cada uma das extremidades.
O cálculo da dimensão do calibrador deve ser: o diâmetro nominal externo acrescido de 3,2 mm (1/8”) para diâmetro até 508 mm (20”), e 4,8 mm (3/16”) para os diâmetros acima de 508 mm (20”), conforme Tabela 1. O calibrador interno deve ser circular, sem rasgo para o cordão de solda, com comprimento mínimo de 300 mm, em condições de passar por toda a extensão do tubo. O cálculo da dimensão do calibrador deve considerar o estabelecido na ISO 11960, conforme Tabela 1.
Os tubos devem ser fornecidos no comprimento de 12 m ± 1 m e a média dos comprimentos de cada fornecimento deve estar compreendida entre 12 m ± 0,3 m. A ovalização máxima, medida nas extremidades até 100 mm deve ser 0,5 % do diâmetro nominal.
As demais tolerâncias dimensionais devem atender ao especificado na ISO 3183. A marcação dos tubos deve ser feita internamente, em pelo menos uma extremidade, a uma distância de 200 mm do bisel, conforme a sequência a seguir: marca ou logotipo do fabricante; diâmetro × espessura × comprimento; número desta norma; grau de aço; e número de série do tubo. Requisitos adicionais podem ser estabelecidos mediante acordo entre fabricante e comprador.
Um exemplo de marcação: marca ou logotipo do fabricante - 20” × 0,625” × 12 000 mm - ABNT NBR 15793 - Grau ISO 3183 L390 PSL 1 - número de série do tubo (o diâmetro e a espessura de parede dos tubos são dados em polegadas, por ser o padrão utilizado pelo setor). Low die stamping é permitida, desde que esteja no bisel ou no máximo 150 mm da extremidade do tubo.
As medições de ortogonalidade devem ser realizadas utilizando o diâmetro externo do tubo como superfície de referência, a uma distância superior a 50,8 mm da solda, sendo medidos pelo menos dois pontos com diferença de 90º entre eles, sendo o desvio máximo permitido de 3,6 mm por 305 mm. A solda circunferencial externa na ponta do conector tipo caixa deve ser controlada por calibrador externo. O cálculo da medida do calibrador é: diâmetro mínimo do elevador (conforme API Spec 8C) menos 0,5 mm.
Demais tolerâncias dimensionais devem estar conforme API RP 5C6. As dimensões e tolerâncias indicadas no 4.8.2 referem-se à soldagem de acessórios. Para a soldagem de tramos, ver o item 4.4.
A marcação interna do tubo original da fábrica deve ser mantida. Caso constem na marcação interna a massa e o comprimento do tubo de origem, ambas as informações devem ser removidas.
Devem ser feitas duas marcações externas no tubo, uma em cada extremidade, a uma distância de 200 mm da solda circunferencial: marcação no lado A: marca ou logotipo do fabricante do tubo; diâmetro × espessura × grau do tubo; norma de fabricação do tubo; número do tubo; tipo, dimensão e grau do conector/acessório lado A; massa e comprimento do conjunto; marcação no lado B: tipo, dimensão e grau do conector/acessório lado B.
Para a solda longitudinal e interseções de solda, os ensaios não destrutivos devem ser conforme DNV OS F101. Para a solda circunferencial, os ensaios não destrutivos devem ser conforme: ensaio radiográfico: ASME Section VIII, Division 1, Part UW-51 ; ultrassom, DNV OS F101 – Appendix E; visual, DNV OS F101.
Os critérios de aceitação dos ensaios para solda longitudinal devem ser conforme DNV OS F101. O critério de aceitação para solda circunferencial para ensaio radiográfico deve ser conforme ASME Section VIII, Division 1, Part UW-51. O critério de aceitação para solda circunferencial para ensaio por ultrassom deve ser conforme ASME Section VIII, Division 1, Part UW-53, onde nenhuma indicação deve exceder o limite de disparo, e não podem ser caracterizadas indicações de trinca, falta de fusão ou falta de penetração.
A inspeção visual deve ser conforme API RP 5C6. A inspeção e o critério de aceitação para ensaios radiográficos devem ser conforme ASME Section VIII, Division 1, Part UW-51. A inspeção por ultrassom deve ser conforme DNV OS F101:2013 – Appendix E. Já o critério de aceitação deve ser conforme ASME Section VIII, Division 1, Part UW-51, onde nenhuma indicação deve exceder o limite de disparo, e não podem ser caracterizadas indicações de trinca, falta de fusão ou falta de penetração
FONTE: Equipe Target