30/12/2015 - Equipe Target
A liberação de portas em caso de incêndios
A BS 7273-4:2015 - Code of practice for the operation of fire protection measures - Actuation of release mechanisms for doors é uma revisão integral da edição anterior e se aplica ao controles elétricos dos acionamentos de mecanismos para desbloquear e liberar a abertura das portas em caso de incêndio. É essencial assegurar que um edifício possa ser evacuado com segurança, pois, onde existem portas corta fogos, devem ser mantidas abertas e ser liberadas pelo sistema de alarme de incêndio.
A norma abrange as recomendações para a interface com outros sistemas de proteção contra incêndios, como a detecção e o alarme de incêndios e equipamentos não abrangidos em quaisquer outras normas, sendo muito importante cumprir nos edifícios a legislação de segurança contra incêndio.
Bernard Laluvein da Fire Industry Association e presidente do FSH/12 BSI Committee diz que: "Aqueles que utilizam o código revisado será capaz de entender melhor as aplicações das medidas relacionadas com a utilização de mecanismo para desbloquear, liberar ou abrir as portas em caso de incêndio e como tais mecanismos de interface com o sistema de detecção e alarme de incêndios atuam. Este melhor entendimento levará ao aumento da segurança dos ocupantes do edifício no Reino Unido".
E quem deve usar a BS 7273-4: 2015? Esta norma deve ser usado por: fabricantes e instaladores de alarme de incêndio; autoridades responsáveis pela aplicação, incluindo organismos de controle, construção e de salvamento de: especialistas em incêndio;e avaliadores de risco de incêndio.
Esta é uma revisão integral da norma e introduz as seguintes alterações principais: recomendações simplificadas e terminologia ampliada, com parte do texto e comentário tabulados houve mudanças com novos anexos informativos; portas corta-fogo e diagramas revistos para a localização e espaçamento dos detetores de fumaça em relação à abertura elétrica; e inclusão de categoria de atuação apropriada para uma determinada aplicação.
Atualmente, é evidente que quanto mais rápida a intervenção para controlar e extinguir o incêndio, maior a probabilidade de sucesso da ação, ao mesmo tempo em que menores serão os recursos necessários para o combate às chamas e os prejuízos advindos do incidente. A extinção do incêndio se dá através de uma ação para romper o tetraedro do fogo.
Eliminando-se qualquer um dos quatro elementos essenciais para a manutenção do fogo, interrompe-se o processo de combustão e, consequentemente, o incêndio. Assim, pode-se eliminar, afastar ou bloquear o combustível (isolamento), embora isso nem sempre seja possível.
Pode-se reduzir, eliminar ou afastar o comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por outro gás não comburente (inerte). Pode-se eliminar o calor através do resfriamento no ponto em que ocorre a queima ou combustão ou, ainda, pode-se interromper a reação em cadeia.
A fumaça desenvolvida no incêndio minimiza o entendimento da sinalização de segurança, provoca lacrimejamento, tosse, sufocação, debilitando a movimentação das pessoas e gerando pânico, dificultando muito o acesso às rotas de fuga. A fumaça é a concentração visível de partículas sólidas e/ou líquidas em suspensão gasosa, resultante da combustão ou pirólise.
A composição química da fumaça é altamente complexa, assim como o mecanismo de formação, sendo a principal responsável no agravamento das dificuldades do abandono organizado das edificações. Portanto, verifica-se ser fundamental conhecer o comportamento dos materiais construtivos, dos materiais de revestimento e dos acabamentos quanto a sua reação ao fogo.
Dentre as diversas características apresentadas pelos materiais frente ao fogo, considera-se a velocidade de propagação superficial de chama, a densidade óptica específica (obscurecimento da luz no ambiente) além da toxicidade em si, pois têm um papel determinante na eficácia das medidas de segurança contra incêndio de uma edificação.
Do total de vítimas fatais em um incêndio, cerca de 51% vêm a falecer em razão da inalação de fumaça, 23% falecem em decorrência de inalação de fumaça e queimaduras, perfazendo assim 74% das fatalidades de um incêndio em decorrência da fumaça, enquanto cerca de 24% vêm a óbito exclusivamente em razão de queimaduras e 2% por outros motivos.
Os meios de escape devem ser constituídos por rotas seguras que proporcionem aos ocupantes escapar em caso de incêndio de qualquer ponto da edificação para um lugar seguro fora de edificação, sem assistência exterior. A edificação segura contra incêndio é aquela adequadamente projetada, executada e mantida a fim de minimizar a probabilidade do início de um incêndio, mas na eventualidade da ocorrência de um incêndio, há alta probabilidade de que todos os ocupantes sobrevivam sem sofrer qualquer ferimento e no qual os danos à propriedade serão confinados às vizinhanças imediatas do local de origem do fogo.
A melhoria das condições de segurança contra incêndio é obtida através de medidas de prevenção e de medidas de proteção. As de prevenção de incêndios são aquelas destinadas a minimizar os riscos de ocorrência de incêndios e compreendem, dentre outras: redução das fontes de ignição, arranjos e construções físicas normalizadas, conscientização e manutenção preventiva e corretiva dos sistemas, bem como a preparação para correta atuação caso ocorram, através de treinamento, reciclagem constante e realização de simulados.
Já as medidas de proteção contra incêndios são aquelas destinadas a minimizar os danos decorrentes de um incêndio, limitando seu crescimento, sua propagação para outros ambientes e propiciando condições de combate às chamas, sua extinção ou até sua autoextinção. Essas medidas subdividem-se em medidas de proteção passiva e medidas de proteção ativa.
As passivas são aquelas associadas a aspectos construtivos intrínsecos à edificação ou aos processos nela contidos e compreendem: seleção de materiais e procedimentos de fabricação e instalação, incluindo, onde aplicável, atendimento aos afastamentos mínimos, barreiras corta-fogo e fumaça e/ou enclausuramento, selagens corta-fogo e outros.
As ativas são aquelas acionadas somente por ocasião do incêndio e compreendem sistemas fixos de detecção, de alarme, de extinção com ação manual (extintores e hidrantes), de supressão com ação automática, registros, dampers corta-fogo e fumaça com acionamento eletromecânico e dispositivos de intertravamento para bloqueio de fontes de energia elétrica do sistema de condicionamento de ar e ventilação e das fontes de energia elétrica e combustível.
FONTE: Equipe Target