17/06/2015 - Equipe Target
A proteção contra descargas atmosféricas
Cristiano Ferraz de Paiva
Como participante do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), algumas observações eu gostaria de fazer. Uma das discussões mais interessantes foi quanto à manutenção e reformas de para raios em prédios mais antigos e os novos. Foi proposto que no caso da manutenção seria usada a norma antiga e em reformar seria usada a norma nova. Ou seja, em prédios velhos poderia se sofrer os efeitos de uma descarga atmosférica e nos novos não. Devo acrescentar que na Justiça os juízes não querem saber disso, e irão condenar ou responsabilizar os responsáveis por não cumprirem a norma técnica.
Outro problema que foi consensado foi que não se poderia seguir inteiramente a norma internacional sobre o assunto, pois o Brasil é um dos campeões em incidência de raios. O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) acaba de concluir levantamento das mortes por raios que ocorreram em 2014 no Brasil. Os números se referem às informações fornecidas pela imprensa, Defesa Civil e Ministério da Saúde. Houve 98 mortes no país, uma a menos do que em 2013. Desta vez, os estados que apresentaram mais vítimas fatais foram São Paulo (17 mortes), Maranhão (16), Piauí (7), Amazonas e Pará (com seis mortes cada um).
Dessa forma, a NBR 5419 de 05/2015 - Proteçã...