24/09/2014 - Equipe Target
A NFPA 59A:2013 - Standard for the production, storage, and handling of liquefied natural gas (LNG) fornece a proteção mínima ao fogo, segurança e requisitos relacionados para a concepção, construção, segurança, operação e manutenção de plantas de gás natural liquefeito (GNL). As disposições aplicam-se às instalações que liquefazem gás natural, às instalações que armazenam, manuseiam e transferem o gás natural liquefeito, para a formação de todo o pessoal envolvido com o GNL, e na concepção, localização, construção, manutenção e operação de todas as instalações de GNL.
Entre os tópicos específicos abrangidos estão os equipamentos de processo; o armazenamento de GNL estacionário; as instalações de vaporização; os sistemas e os componentes de tubulação; os serviços de instrumentação e de eletricidade; os sistemas de transferência; a proteção contra incêndio e segurança contra riscos; as aplicações estacionárias, utilizando recipientes ASME; e a localização da planta de GNL com base no desempenho.
O GNL é o gás natural liquefeito por meio da redução da sua temperatura a -162 ºC à pressão atmosférica normal. Em volume, nas condições métricas padrão (15ºC e 1,013 25 bar), o GNL ocupa cerca de 1/600 do GN em estado gasoso.
A bordo do veículo, o GNL é armazenado a baixa pressão em tanques isolados termicamente e com capacidades que podem variar entre 174 a 511 litros (ver tabela ). O reabastecimento do veículo deve ocorrer pelo menos uma vez por semana, para prevenir diminuição de capacidade de armazenagem devido à evaporação.
O isolamento dos reservatórios, por muito eficaz que seja, por si só não pode manter a temperatura baixa. O GNL é armazenado como produto criogênico, ou seja, em estado liquido à temperatura de evaporação. No caso da água em ebulição (100ºC) a temperatura mantém-se constante durante a mudança de fase de líquida para gasosa mesmo que se continue a fornecer calor. Isto acontece devido à evaporação. De forma análoga, o GNL mantém-se praticamente a temperatura constante (-162ºC) se for mantido a uma mesma pressão e desde que o vapor (GN na fase gasosa) seja libertado do reservatório. Se isso não se verificar, a pressão e a temperatura no interior do reservatório aumentarão. No entanto, mesmo a cerca de 7 bar, a temperatura do GNL não será superior a cerca de -128ºC.
As plantas de GNL devem atender aos requisitos da NFPA 59A: a norma mais confiável em todo o mundo para a a escolha do local, projeto, construção e proteção contra incêndio de instalações de GNL. A edição de 2013 mudou o anexo E, que passou a ser baseado na gestão de risco. Esta opção com base no desempenho requer a análise dos riscos para pessoas e bens na área em torno da fábrica de GNL proposta com base em técnicas de mitigação de risco incorporados ao projeto de instalações.
A análise e a implantação do plano devem ser aprovadas pelas autoridades com jurisdição locais. As tabelas e as figuras do novo capítulo 15 foram feitas para ajudar os projetistas a identificar os riscos e a determinar se eles são toleráveis.
Ocorreram outras mudanças importantes nessa edição de 2013: os requisitos da mesa de desenho spill foram revisadas quanto ao projeto de derramamento, aos recipientes de enchimento/abstinência, aos outros recipientes e para as áreas de processo; o âmbito declarações foram adicionados a cada capítulo; e o prazo de fluxo de calor radiante substituiu a radiação térmica ao longo do documento.
A tecnologia para liquefação do gás foi desenvolvida na primeira metade do Século XX, com o intuito de extrair hélio do ar. Na década de 40, esta tecnologia foi adaptada pela indústria americana de gás natural, inicialmente para armazenar quantidades substanciais de gás em espaço pequeno, tendo em vista as variações diárias e sazonais da demanda. Em 1959, a primeira carga de gás natural liquefeito (GNL) foi transportada dos Estados Unidos para a Inglaterra em navio especialmente preparado para este produto. O êxito desta viagem conduziu à construção da primeira unidade de GNL na Argélia, no início da década de 60.
A partir da Argélia, o GNL chegou inicialmente à Inglaterra, depois à França e outros países europeus. No final da década, uma unidade construída no Alasca iniciou o abastecimento do Japão, que se tornou ao longo do tempo o maior importador da GNL, absorvendo 60% da produção mundial, que chegou a 112,9 milhões de toneladas em 2000. O mercado americano, por outro lado, que era inicialmente considerado o maior consumidor potencial de GNL, não se desenvolveu : hoje apenas 2% da produção mundial fluem para aquele país, mas esta situação está mudando rapidamente. Com o crescimento do consumo acelerado pelo uso em geração elétrica, e esgotamento das reservas americanas de gás natural, o GNL está em fase de retomada nos Estados Unidos, havendo perspectiva de que, nos próximos quinze anos, atinja 20% do consumo do país.
Hoje, há 11 países importadores de GNL, e outros 12 que são produtores (Indonésia, Argélia, Malásia, Catar, Austrália, Brunei, Nigéria, Abu Dabi, Trinidad e Tobago, Oman, Alaska (US) e Líbia). Neles estão operando cerca de 20 plantas, várias delas em ampliação, abastecendo a Europa e o Extremo Oriente (Japão, Coréia e Taiwan), e já agora iniciando o abastecimento da costa leste americana.
FONTE: Equipe Target