28/11/2013 - Equipe Target
Adaptadores têm que cumprir a norma técnica
Mauricio Ferraz de Paiva
Depois que foi publicada e entrou em vigor a NBR 14136 de 09/2012 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada – Padronização que delimitou que plugues e tomadas de 20 A e que são utilizados para transmitir correntes elétricas entre 100 e 250 V devem ter dimensões e superfícies específicas, garantindo segurança e mais eficiência e aproveitamento da energia, houve no país uma série de adaptações nas residências. Na verdade, a norma alterou o número de orifícios e os formatos das tomadas que já haviam sido revistos, aumentando de 2 para 3 o número entradas para plugues e alterando o antigo formato arredondado para a forma de hexágono, que possibilita que a tomada dos aparelhos eletrodomésticos seja inserida com mais profundidade e, com isso, evite que parte elétricas fiquem expostas.
Em vista disso, foi editada a NBR 16188 de 07/2013 – Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Adaptadores providos de protetor e/ou filtro de linha – Requisitos específicos que deve ser utilizada em conjunto com a NBR 14936. Ela estabelece os requisitos mínimos exigíveis de desempenho e segurança para adaptadores de plugues e tomadas providos de protetores e/ou filtros de linha, com tensão nominal não superior a 250 V ca e corrente nominal de até 20 A, destinados para uso doméstico e análogo, tanto para uso interno como para uso externo.
Essa norma é aplicável aos adaptadores protetores contra surtos e aos adaptadores filtros de linha que sejam mecanicamente similares aos adaptadores de plugues e tomadas que foram concebidos para tal propósito, independentemente da nomenclatura adotada, e para os que não possuam norma específica. Caso o equipamento possua funções de transformação ou regulação da tensão alternada, desligamento automático por sub ou sobretensão, comando eletrônico para desconexão ou conexão da rede elétrica nas tomadas de saída, essa norma não é aplicável. O equipamento deve ser projetado e construído de forma que, em utilização normal, seu funcionamento seja seguro e não ofereça perigo ao usuário ou ao ambiente dentro do propósito dessa norma.
O equipamento deve ser projetado para ser utilizado para conectar aparelhos de classe I de acordo com sua classificação quanto à proteção ao choque elétrico. Em relação à proteção contra choques elétricos, assume-se que operadores e pessoas de manutenção sejam desatentos, mas não ajam intencionalmente de modo a criar riscos. Assume-se que o pessoal de manutenção seja razoavelmente cuidadoso ao lidar com riscos óbvios, mas o projeto deve preveni-lo contra acidentes, usando-se símbolos de advertência, protegendo os terminais de tensão elétrica perigosa, segregando tensões ou potenciais perigosos.
O mais importante é que o pessoal de manutenção seja protegido contra riscos inesperados. O uso do símbolo de advertência é obrigatório. Incluem-se exigências para prevenir contra danos devido a altas temperaturas de partes acessíveis ao operador e assegurar que o equipamento seja mecanicamente estável e estruturalmente firme e não tenha cantos vivos ou pontas.
O condutor de neutro, se houver, deve ser isolado do terra e de partes metálicas acessíveis em todo o equipamento, como se fosse um condutor de fase. Os componentes ligados entre neutro e terra devem ter características adequadas para uma tensão de trabalho igual à tensão de fase a neutro. A conformidade é verificada por inspeção.
Os componentes ligados entre fase e terra devem suportar uma tensão de trabalho igual à tensão entre fase e fase. A conformidade é verificada por inspeção. O equipamento deve ser previsto para operação em regime contínuo com carga nominal, na tensão nominal. Nesta condição, todos os componentes do produto devem trabalhar dentro de suas especificações. Caso seja necessário tomar precauções especiais para evitar a introdução de riscos na operação, instalação, manutenção, transporte ou armazenagem do equipamento, o fabricante deve advertir e ter disponíveis as instruções apropriadas, em português.
As instruções de operação, se houver, devem estar disponíveis para o usuário, e em português. Instruções de instalação devem estar disponíveis, incluindo informações relativas à polaridade da tomada quando existir a conexão à terra. No caso de um equipamento previsto para conexão sob tensões nominais múltiplas, o método de seleção deve ser descrito no manual ou nas instruções de instalação. A conformidade é verificada por inspeção.
Os ensaios devem ser realizados para demonstrar a conformidade com esta norma. Os acessórios (plugues, tomadas, interruptores, porta-fusível, cabo flexível, etc.) do equipamento, cujos requisitos e ensaios já tenham sido verificados individualmente de acordo com a norma do acessório pertinente, não necessitam ser reverificados. Isso não exclui a realização dos ensaios estabelecidos nesta norma para avaliação do novo conjunto.
Salvo especificação em contrário, as amostras são ensaiadas como fornecidas e nas condições normais de utilização. Salvo se especificado em contrário, os ensaios são efetuados na ordem das seções, a uma temperatura ambiente compreendida entre 15 °C e 35 °C. Quando da medição das temperaturas máximas ou elevações de temperatura especificadas, deve-se manter a temperatura ambiente do ar em 23 °C + ― 2 °C, com o equipamento em operação. Quando não especificado, considerar a temperatura ambiente máxima de 35 °C.
Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria -mauricio.paiva@target.com.br
FONTE: Equipe Target