20/09/2009 Para onde vai todo o lixo? Esta é a pergunta que pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, estão tentando responder através de um projeto de monitoramento de itens do lixo com aparelhos eletrônicos de rastreamento. Os trajetos estão sendo mostrados na internet em tempo real e em exposições que foram inauguradas esta semana na Liga Arquitetural de Nova York e na Biblioteca Pública de Seattle.
Por meio do projeto, supervisionado pelo Laboratório Senseable City do MIT, três mil tipos comuns de lixo, a maioria de Seattle, estarão sendo rastreados pelo sistema de coleta e tratamento de lixo durante os próximos três meses. Karin Landsberg, 42, que se descreve como "nerd ecológica" em Seattle, ficou tão curiosa que permitiu que pesquisadores do Instituto fossem à sua casa no mês passado para selecionar 12 itens de sua lata de lixo e de recicláveis - uma lata de feijão, uma lâmpada fluorescente compacta - e acoplar pequenos aparelhos eletrônicos de rastreamento neles. Seu lixo está agora em trajeto para o lugar onde irá morrer ou renascer.
A Liga Arquitetural de Nova York passou por um exercício de rastreamento de lixo semelhante como parte do mesmo projeto quando transferiu seus escritórios de Manhattan, no centro da cidade, para o SoHo há duas semanas. Entre os itens descartados que foram rastreados estavam um copo de café, um arquivo, uma estante de livros, um copo de vinho quebrado e uma garrafa de plástico vazia de sabonete líquido. "Tudo que eles conseguem me dizer até o momento é que algumas coisas passaram pelo Lincoln Tunnel", disse Gregory Wessner, diretor de programas e exposições digitais da Liga. "Ele está a caminho. Estamos muito entusiasmados em saber o que acontece".
Um dos propósitos do projeto, disse Carlo Ratti, diretor do laboratório, é dar às pessoas um sentido concreto de seu impacto no meio ambiente, de uma maneira que possa levá-las a mudar se...