02/03/2022 - Equipe Target
NBR 15422 de 02/2022 - Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos
A NBR 15422 de 02/2022 - Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos especifica o óleo vegetal isolante novo ou éster natural isolante, antes do contato com o equipamento, para uso como dielétrico e meio de arrefecimento em equipamentos elétricos novos ou usados, como, por exemplo, transformadores e equipamentos auxiliares, bem como estabelece orientações para sua embalagem, rotulagem, armazenamento e manuseio. O óleo vegetal isolante é um éster natural isolante, constituído por moléculas de triacilgliceróis (triglicerídeos), caracterizadas pela ligação éster formulado a partir de óleo extraído de vegetais, como sementes/grãos, e aditivos para melhoria de desempenho.
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O que são os aditivos de melhoria de desempenho dos óleos vegetais?
Quais são os ensaios de tipo para o óleo vegetal?
O óleo vegetal isolante ou éster natural isolante deve apresentar as seguintes características: ser classificado como fluido de alto ponto de combustão (classe K), conforme a NBR 13231, ou seja, deve apresentar ponto de combustão acima de 300 °C, quando ensaiado conforme a NBR 11341; cumprir com os critérios de pronta biodegradabilidade de acordo com os requisitos dessa norma. Os ensaios de tipo listados devem ser realizados para demonstrar importantes características dos óleos vegetais isolantes.
Não é recomendada a aplicação de óleos vegetais isolantes em transformadores e outros equipamentos sem sistemas de preservação de óleo (por exemplo, conservadores com respiro livre ou sem sistema de selagem). Convém que todas as medidas possíveis sejam tomadas para evitar uma exposição contínua e prolongada ao ar, particularmente às temperaturas de operação.
Em caso de derramamento acidental, conter o vazamento utilizando materiais absorventes, como, por exemplo, turfas naturais, vermiculita ou outro material adequado. Um vazamento ou lançamento do óleo vegetal isolante que represente risco ambiental deve ser comunicado aos órgãos de controle de meio ambiente.
Para óleo vegetal isolante que não possa ser reutilizado, as opções de descarte recomendadas incluem a venda a processadores para reciclagem e/ou refino, conversão em óleo biocombustível, ou como combustível para caldeiras ou fornos industriais. A incineração ou descarte do óleo vegetal isolante e seus despejos líquidos ou absorventes deve ser feita de acordo com as disposições legais dos órgãos de controle de meio ambiente.
Os aditivos inibidores de oxidação que podem estar presentes no óleo vegetal isolante variam de acordo com o fabricante. O fabricante deve ser contatado para fornecer informação e métodos de análise recomendados para os aditivos. Os métodos para determinar a estabilidade à oxidação comparativa de óleos vegetais isolantes novos são descritos nessa norma.
Os ensaios laboratoriais promovem a aceleração do envelhecimento em condições extremas e podem não relacionar diretamente com o desempenho esperado em condições normais de operação. Os principais fatores que aceleram a oxidação de óleos isolantes são o oxigênio, a umidade, a temperatura e os metais.
Particularmente, os óleos vegetais são mais suscetíveis a estes fatores, devido à sua composição química. Por este motivo, não é recomendada sua aplicação em transformadores e outros equipamentos sem sistemas de preservação de óleo (por exemplo, conservadores com respiro livre ou sem sistema de selagem).
Todas as medidas possíveis devem ser tomadas para evitar uma exposição contínua e prolongada ao ar, particularmente às temperaturas de operação. Os óleos vegetais são considerados não tóxicos, e os fabricantes devem fornecer relatórios de ensaios que comprovem o produto como não tóxico, conforme OECD 203 ou NBR 15088.
A amostragem do óleo vegetal isolante deve ser feita de acordo com a NBR 8840. Os óleos vegetais isolantes, quando ensaiados segundo os métodos de ensaio indicados nesta norma, devem estar de acordo com os valores especificados na tabela abaixo.
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O material deve ser adequadamente embalado para evitar danos durante o transporte e o armazenamento. O transporte do óleo vegetal isolante deve ser realizado em recipientes fechados, como vagões, carros e navios-tanque ou tambores, os quais devem ser previamente limpos e selados posteriormente para evitar sua contaminação.
Os tambores devem ser revestidos internamente por pintura epóxi. Os vagões e carros-tanque devem ser de aço inoxidável ou possuir revestimento interno similar aos tambores. Cada recipiente deve apresentar no mínimo as seguintes informações: tipo do óleo vegetal isolante, conforme definido nessa norma; denominação comercial/produto e fabricante; número de lote e/ou batelada.
Os tambores de óleo vegetal isolante devem ser armazenados em áreas abrigadas, isoladas e bem ventiladas, longe de fontes de ignição ou calor. Deve-se consultar o fabricante do óleo vegetal isolante para recomendações sobre o armazenamento em baixas temperaturas e sistemas de aquecimento recomendados. No armazenamento do óleo vegetal isolante, deve ser evitada sua exposição ao oxigênio, umidade e outros contaminantes.
FONTE: Equipe Target