07/03/2018 - Equipe Target
NBR 14565 de 11/2013: o cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers
A NBR 14565 de 11/2013 - Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers especifica um sistema de cabeamento estruturado para uso nas dependências de um único ou um conjunto de edifícios comerciais em um campus, bem como para a infraestrutura de cabeamento estruturado de data centers. Ela cobre os cabeamentos metálico e óptico. Aplica-se a redes locais (LAN) e redes de campus (CAN), quando aplicada a edifícios comerciais e data centers. Nos ambientes de data centers, a aplicação desta norma limita-se ao cabeamento interno para a conexão dos equipamentos de tecnologia da informação (TI), segurança e automação usados nos data centers. O cabeamento especificado nesta norma suporta uma ampla variedade de serviços, incluindo voz, dados, imagem e automação.
Especifica diretamente ou via referência: a estrutura e configuração mínima para o cabeamento estruturado; as interfaces para tomadas de telecomunicações (TO) e tomadas de equipamentos (EO); os requisitos de desempenho para enlaces e canais individuais de cabeamento; as recomendações e requisitos gerais; os requisitos de desempenho para o cabeamento para as distâncias mínimas e máximas especificadas nesta norma; os requisitos de conformidade e procedimentos de verificação.
Traz ainda recomendações para: melhores práticas para projeto e instalação de infraestrutura para data centers; cabeamento para sistemas de automação e controle em edifícios; simbologia para projetos de cabeamento estruturado. Leva em consideração os requisitos especificados nas aplicações listadas no Anexo D. Não se aplica aos requisitos de proteção e segurança elétrica, proteção contra incêndio e compatibilidade eletromagnética, que são cobertos por outras normas e regulamentos. Entretanto, as recomendações desta norma podem ser úteis.
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Qual deve ser a estrutura do cabeamento em edifícios comerciais e em data center?
Qual a inter-relação dos elementos funcionais em uma instalação com redundância?
Quais são os valores de perda de retorno para canal em frequências críticas?
Quais são as equações de comprimentos de enlaces horizontais?
Quais são as características mecânicas do hardware de conexão para uso em cabeamento balanceado?
Para os efeitos desta norma, consideram-se algumas aplicações. A configuração e a estrutura do cabeamento devem estar em conformidade com as especificações descritas na Seção 5 e o desempenho dos canais balanceados deve ser medido conforme os requisitos especificados na Seção 6.
Isto deve ser obtido por algumas condições. Um canal projetado e implementado deve assegurar o desempenho previsto; os componentes apropriados utilizados para um enlace permanente ou enlace do CP são especificados por classe de desempenho na Seção 6 e no Anexo A. O desempenho do canal deve ser assegurado inclusive com o acréscimo de patch cords nas terminações de um enlace permanente, conforme os requisitos da Seção 6 e do Anexo A.
Usando as implementações referenciadas na Seção 7 e os componentes do cabeamento compatíveis com os requisitos da NBR 14703, bem como as Seções 10 e 13, com base em uma aproximação estatística do modelo de desempenho e os requisitos específicos de infraestrutura do cabeamento estão descritos na ISO/IEC 18010.
A implementação e o desempenho do cabeamento óptico devem atender aos requisitos da Seção 8 e as interfaces com o cabeamento na tomada de telecomunicações devem estar em conformidade com os requisitos da Seção 10. Todo e qualquer hardware de conexão do cabeamento, incluindo a tomada de telecomunicações, deve atender aos requisitos da Seção 10. Se presentes, as blindagens devem ser tratadas de acordo com a Seção 11 e a administração do sistema deve atender aos requisitos da Seção 12. Os regulamentos de segurança e compatibilidade eletromagnética aplicáveis no local da instalação devem ser atendidos.
Na ausência do canal, o desempenho do enlace permanente pode ser usado para verificar a conformidade com esta norma. Os ensaios da Seção 6 devem ser utilizados nos seguintes casos: enlaces ou canais com comprimentos superiores aos especificados em 7.2 ou com mais componentes que o especificado na Seção 7; enlaces ou canais que usam componentes cujo desempenho de transmissão seja inferior àquele descrito na NBR 14703 e na Seção 10.
A avaliação de um cabeamento instalado para determinar sua capacidade de suportar as aplicações descritas no Anexo D e a verificação de desempenho de um sistema instalado conforme a ABNT NBR 14703 e nas Seções 7 e 10. Quanto à estrutura do sistema de cabeamento, devem ser identificados os elementos funcionais do cabeamento para edifícios comerciais e data centers, descrevendo como são interconectados para formar subsistemas, e identificadas as interfaces com as quais componentes de aplicações específicas são conectados ao cabeamento.
As aplicações listadas no Anexo D desta Norma são suportadas conectando-se equipamentos ativos às interfaces de redes externas, tomadas de telecomunicações, tomadas de equipamentos e distribuidores. O sistema de cabeamento estruturado especificado nesta norma restringe o uso de patch cords para conexões ponto a ponto, por ser prejudicial à sua administração e operação.
Em data centers, exceções são permitidas em condições especiais: entre equipamentos localizados próximos ou que não podem se comunicar utilizando o sistema de cabeamento definido nesta norma. Em edifícios comerciais, os elementos funcionais do cabeamento são: distribuidor de campus (CD); backbone de campus; distribuidor de edifício (BD); backbone de edifício; distribuidor de piso (FD); cabeamento horizontal; ponto de consolidação (CP); cabo do ponto de consolidação (cabo do CP); tomada de telecomunicações multiusuário (MUTO); tomada de telecomunicações (TO).
Em data centers, os elementos funcionais do cabeamento são: interface de rede externa (ENI); cabo de acesso à rede; distribuidor principal (MD); cabeamento de backbone; distribuidor de zona (ZD); cabeamento horizontal; ponto de distribuição local (LDP); cabo do ponto de distribuição local (cabo do LDP); tomada de equipamento (EO). Grupos destes elementos funcionais são interconectados para formar subsistemas de cabeamento.
Os sistemas de cabeamento em edifícios comerciais contêm até três subsistemas: backbone de campus, backbone de edifício e cabeamento horizontal. Os subsistemas são interconectados para formar um sistema de cabeamento como a estrutura ilustrada na figura. Os distribuidores oferecem os meios de configurar o cabeamento para suportar diferentes topologias, como barramento, estrela e anel. Para data centers, os sistemas de cabeamento contêm até três subsistemas: cabeamento de acesso à rede, cabeamento de distribuição principal, cabeamento de distribuição de zona e cabeamento de equipamento.
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As conexões entre subsistemas de cabeamento em edifícios comerciais podem ser passivas ou ativas quando utilizadas com equipamentos de aplicações específicas. As conexões de equipamentos para aplicações específicas adotam a abordagem tanto de interconexão como a de conexão cruzada. As conexões passivas entre subsistemas de cabeamento são geralmente executadas usando conexões cruzadas por meio de patch cords ou jumpers.
No caso de um cabeamento centralizado, as conexões passivas nos distribuidores são executadas por conexões cruzadas ou interconexões. Além disso, para cabeamento óptico centralizado, é possível criar conexões nos distribuidores usando emendas, apesar de isto reduzir a possibilidade do cabeamento de suportar reconfigurações.
O subsistema de cabeamento de backbone de campus estende-se do distribuidor de campus até os distribuidores de edifício. Quando presente, este subsistema inclui: os cabos de backbone de campus; qualquer componente de cabeamento dentro da infraestrutura de entrada; jumpers e patch cords no distribuidor de campus; o hardware de conexão no qual os cabos de backbone de campus são terminados (tanto no distribuidor de campus como no distribuidor de edifício). Apesar de cordões de equipamento serem usados para conectar equipamentos de transmissão ao subsistema de cabeamento, eles não são considerados parte do subsistema de cabeamento porque têm uma aplicação específica.
Onde o distribuidor de edifício não existe, o subsistema de cabeamento de backbone de campus estende-se desde o distribuidor de campus até o distribuidor de piso. É possível para o cabeamento de backbone de campus oferecer conexão direta entre distribuidores de edifícios. Quando utilizada, esta conexão deve estar em conformidade com o requerido pela topologia hierárquica básica.
Um subsistema de cabeamento de backbone de edifício estende-se desde o(s) distribuidor(es) de edifício até o(s) distribuidor(es) de piso. Quando presente, esse subsistema inclui: os cabos de backbone de edifício; os jumpers e patch cords no distribuidor de edifício; o hardware de conexão no qual os cabos do backbone de edifício são terminados (em ambos os distribuidores, de piso e de edifício). Apesar de cordões de equipamento serem usados para conectar equipamentos de transmissão ao subsistema de cabeamento, eles não são considerados parte do subsistema de cabeamento porque têm uma aplicação específica.
É possível para o cabeamento de backbone de edifício oferecer conexão direta entre os distribuidores de piso. Quando utilizada, essa conexão deve estar em conformidade com o requerido pela topologia hierárquica básica. O subsistema de cabeamento horizontal estende-se desde o(s) distribuidor(es) de piso até a(s) tomada(s) de telecomunicações conectada(s) a ele.
Esse subsistema inclui: os cabos horizontais; os jumpers e patch cords no distribuidor de piso; as terminações mecânicas dos cabos horizontais nas tomadas de telecomunicações; as terminações mecânicas dos cabos horizontais nos distribuidores de piso, incluindo o hardware de conexão, por exemplo: as interconexões ou as conexões cruzadas; um ponto de consolidação (opcional); as tomadas de telecomunicações.
Apesar de cordões de equipamento e da área de trabalho serem usados para conectar terminais e equipamentos de transmissão ao subsistema de cabeamento horizontal, eles não são considerados parte desse subsistema. Cabos horizontais devem ser contínuos desde o distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações, a não ser que haja um ponto de consolidação (ver 5.7.3.5).
O cabeamento horizontal deve ser projetado para suportar a maior parte das aplicações existentes e emergentes e deve fornecer uma vida operacional de no mínimo dez anos. Isto minimiza as interrupções e o alto custo de reinstalações nas áreas de trabalho. O backbone de edifício deve ser projetado para suportar a vida útil do sistema de cabeamento.
Entretanto, é comum que sejam adotadas soluções provisórias para suportar aplicações correntes ou previstas, particularmente onde o acesso físico aos encaminhamentos é fácil. A seleção do cabeamento de backbone de campus pode necessitar de uma solução mais duradoura que a adotada no cabeamento de backbone de edifício, particularmente se o acesso físico aos encaminhamentos for mais limitado.
FONTE: Equipe Target