03/01/2018 - Equipe Target
NBR 14859-3 de 12/2017: os requisitos das armaduras treliçadas eletrossoldadas
A NBR 14859-3 de 12/2017 - Lajes pré-fabricadas de concreto - Parte 3: Armadura treliçadas eletrossoldadas para lajes pré-fabricadas — Requisitos especifica os requisitos para fabricação, ensaio, fornecimento e recebimento de armaduras treliçadas eletrossoldadas para lajes pré-fabricadas de concreto.
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Qual o diâmetro nominal mínimo do fio ou barra de aço no banzo superior?
Quais as dimensões nominais e tolerâncias?
Como deve ser feita a amostragem das armaduras treliçadas eletrossoldada?
Qual deve ser o método para determinação da resistência ao cisalhamento da união eletrossoldada?
A NBR 14859, sob o título geral “Lajes pré-fabricadas de concreto”, tem previsão de conter as seguintes partes: Parte 1: Vigotas, minipainéis e painéis – Requisitos; Parte 2: Elementos inertes para enchimento e forma para lajes pré-fabricadas – Requisitos; Parte 3: Armadura treliçada eletrossoldada para lajes pré-fabricadas – Requisitos; Parte 4: Tipos de lajes e informações complementares relacionadas ao projeto, dimensionamento e detalhamento executivo; Parte 5: Avaliação do desempenho de vigotas e minipainéis sob carga de trabalho.
A armadura treliçada eletrossoldada armadura de aço pronta, pré-fabricada, em forma de estrutura espacial prismática, é constituída por dois fios ou barras de aço paralelos longitudinais na base (banzo inferior) e um fio ou barra de aço longitudinal no topo (banzo superior), interligados por eletrofusão (caldeamento) aos dois fios ou barras de aço diagonais contínuas (sinusoides), com espaçamento regular (passo), conforme as figuras abaixo.
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Os fios e barras de aço utilizados na fabricação de armaduras treliçadas eletrossoldadas devem atender à NBR 7480, exceto a categoria CA-25, que não pode ser utilizada para fabricação de armaduras treliçadas eletrossoldadas. No banzo inferior, só devem ser permitidos os fios ou barras de aço nervurados ou entalhados. Para garantir a integridade da armadura treliçada eletrossoldada, a solicitação de compra do fio ou barra de aço deve mencionar esta norma, indicando o uso.
Os fios e barras de aço da armadura treliçada eletrossoldada devem ser unidos através de solda por eletrofusão (caldeamento) nos nós, a fim de garantir a solidez da estrutura, bem como para não alterar as características físico-químicas do aço. Não podem ser utilizados outros tipos de solda ou junções, executadas na obra ou fora dela.
Os fios e barras de aço utilizados na fabricação das armaduras treliçadas eletrossoldadas devem ter suas características de soldabilidade garantidas. A fim de garantir uma boa soldabilidade e resistência ao cisalhamento dos nós soldados, o diâmetro do fio ou barra de aço mais fina deve ser no mínimo 56 % do diâmetro do outro fio ou barra de aço. A resistência ao cisalhamento da solda nos nós, determinada em newtons (N) conforme Anexo A, em amostras conforme 5.2, não pode ser inferior a: 0,3 × 500 × A0 (N) para aço CA-50; 0,25 × 600 × A0 (N) para aço CA-60; onde A0 é a área da seção do fio ou da barra de maior diâmetro do nó analisado, expressa em milímetros quadrados (mm²).
Os fios e barras que constituem a armadura treliçada eletrossoldada devem ser isentos de defeitos prejudiciais, como esfoliação (escamas), corrosão, manchas de óleo, redução de seção e fissuras transversais. A oxidação nos fios e barras de aço que constituem a armadura treliçada eletrossoldada pode ser admitida quando for superficial, sem comprometer sua geometria, bitola ou integridade dos nós eletrossoldados, conforme NBR 7480. Os nós eletrossoldados devem ser íntegros na sua totalidade.
Não são permitidas deformações localizadas, causadas por choques mecânicos ou falhas no processo de fabricação. As armaduras treliçadas eletrossoldadas podem ser fornecidas em peças, em amarrados ou ainda em feixes. Para comercialização das armaduras treliçadas eletrossoldadas, podem ser utilizadas as unidades quilograma e metro.
O fornecedor, quando solicitado, deve apresentar tabelas contendo no mínimo as seguintes informações: nome do fabricante do produto; categoria do aço; designação da armadura treliçada eletrossoldada; área das seções dos fios que compõem os banzos superior e inferior, em milímetros quadrados; diâmetro dos fios que compõem os banzos superior e inferior e as diagonais (sinusoides), em milímetros; altura e comprimento da treliça; espaçamento entre os nós; massa nominal por unidade de comprimento, em quilograma por metro.
As armaduras treliçadas eletrossoldadas devem ser designadas conforme a seguir: abreviatura de armadura treliçada eletrossoldada (TR); altura (em centímetros, sem casas decimais); diâmetro dos aços que as compõem (banzo superior, diagonais (sinusoides) e banzo inferior, respectivamente, em milímetros, sem casas decimais); categoria do aço utilizado: quando for aço CA 60, não há qualquer designação; quando for aço CA 50, acrescentar a letra “A” em seguida ao número indicativo da bitola correspondente.
Por exemplo, uma armadura treliçada eletrossoldada composta integralmente por aço CA 60, com 80 mm de altura, banzo superior com 6 mm, diagonal (sinusoide) com 3,4 mm e banzo inferior com 4,2 mm, é designada TR 8634. Uma armadura treliçada composta parcialmente por aço CA 50, com 200 mm de altura, banzo superior com 10 mm em aço CA 50, diagonal (sinusoide) com 6 mm e banzo inferior com 9,5 mm, é designada TR 2010A69.
O pedido de armaduras treliçadas eletrossoldadas deve conter o seguinte: quantidade pedida (massa em quilogramas, ou comprimento em metros, ou comprimento individual e número de peças); designação da armadura treliçada eletrossoldada; requisitos adicionais. Na entrega de armaduras treliçadas eletrossoldadas, quando solicitado, deve ser apresentada documentação contendo: quantidade entregue (massa em quilogramas, ou comprimento em metros, ou comprimento individual e número de peças); designação da armadura treliçada eletrossoldada; e resultados dos ensaios.
Se for do interesse do comprador acompanhar a inspeção e os ensaios dos produtos, o fornecedor deve conceder-lhe todas as facilidades necessárias e suficientes à verificação de que a encomenda está sendo atendida, sem ocasionar interrupção no processamento ou atraso no fornecimento. Os ensaios podem ser realizados no laboratório do fabricante ou em outro laboratório, a critério do comprador. O lote que estiver de acordo com as exigências desta norma deve ser aceito.
No ensaio de cisalhamento, se a média dos resultados dos nós soldados da mesma amostra não atender às exigências aos requisitos desta norma, procede-se à contraprova utilizando os mesmos critérios de amostragem adotados anteriormente. Se ainda assim a média destes ensaios de cisalhamento não atender às exigências aos requisitos desta norma, o lote deve ser rejeitado.
As armaduras treliçadas eletrossoldadas que atendam aos requisitos desta norma devem suportar o transporte e o manuseio, conforme as indicações do fornecedor e não apresentar defeitos. Os danos causados por negligência do transporte e do manuseio por parte do comprador não constituem motivos de rejeição.
Quanto às características dimensionais, devem ser rejeitadas as armaduras treliçadas eletrossoldadas que não atenderem ao especificado. Se o número de armaduras treliçadas rejeitadas exceder 5% do número total do lote, este não pode ser aceito.
No caso de ensaios externos, qualquer rejeição do material deve ser comunicada ao fornecedor dentro de até 90 dias após o recebimento do material. Esse material deve ser guardado, a fim de que o fornecedor possa proceder à nova inspeção e novos ensaios. A substituição desse material é de exclusiva responsabilidade do fornecedor.
FONTE: Equipe Target