17/08/2016 - Equipe Target
A BS 9991:2015 - Fire safety in the design, management and use of residential buildings. Code of practice existe para ajudar as pessoas a colocar as medidas adequadas de segurança contra incêndio em edifícios residenciais. Isso inclui a detecção do incêndio, sistemas de alarme e sistemas de combate ao fogo.
A revisão de 2015 forneceu uma atualização técnica completa, para ter em conta as normas novas e revistas publicadas desde a sua última publicação, em 2011. Assim, oferece as recomendações e orientações sobre o projeto, a gestão e a utilização dos edifícios residenciais para que eles atinjam padrões razoáveis de segurança contra incêndio para todas as pessoas que estão dentro e ao redor deles.
Inclui as habitações (casas unifamiliares de habitação, apartamentos independentes ou conjugados), blocos de alojamento residenciais (por exemplo, para estudantes ou funcionários do hospital), com quartos individuais e a prestação de cozinha/instalações sanitárias construídas dentro de um compartimento de incêndio e habitação especializada. A norma aplica-se ao projeto de novos edifícios e alterações relevantes, extensões e alterações materiais de uso em edifícios existentes.
Não abrange hotéis, reboques e trailers, hospitais, casas de repouso, locais de detenção legal ou albergues. Também fornece orientações sobre a gestão da segurança contra incêndio em um edifício durante todo o seu ciclo de vida.
Isso inclui orientação para os projetistas garantir que um melhor design geral de um edifício e melhora na sua gestão da segurança contra incêndios. As recomendações e orientações fornecidas destinam-se a salvaguardar a vida dos ocupantes do edifício e dos bombeiros.
A versão de 2015 apresenta algumas mudanças importantes, que incluem: mudança de "habitação abrigada ou extra de cuidado" para "habitação especializada" e expansão das recomendações relacionadas e esse tema; as recomendações expandidas para escapar de porões; a atualização das recomendações a respeito dos elevadores; novas recomendações para fontes de alimentação de fogo; novas recomendações para os conjuntos de alojamento; nova orientação sobre a gestão das necessidades e deficiências adicionais; e revisão geral levando-se em conta as novas normas revistas e publicadas desde 2011.
Esta norma foi escrita para arquitetos, engenheiros de segurança contra incêndio, serviço de incêndio e salvamento, avaliadores de risco de incêndio, síndicos, porteiros de edifícios e instaladores de alarmes de incêndio e fumaça e inspetores de esquemas de certificação e instalação. A BS 9991 complementa e se alinha com a BS 9999, que é um código de práticas para a segurança contra incêndios no projeto, gestão e utilização de edifícios não residenciais.
Segundo os especialistas o incêndio se apaga no projeto. Esta frase resume toda justificativa econômica e social que o tema reclama. A importância do planejamento nesta área é medida pelos sinistros evitados e não pelos incêndios extintos.
Neste processo preventivo os projetistas têm participação fundamental. Apesar disto, a criação arquitetônica, e muitos dos projetos derivados, ainda são feitos à margem do conhecimento da ciência da prevenção contra o fogo. Daí os estudos setoriais, como este capítulo, possibilitarem desdobramentos em desafios de cunho político, técnico e operacional que serão relatados adiante. A proteção da vida humana é essencial.
O negligenciamento neste aspecto do planejamento não pode ser admitido em qualquer hipótese. A proteção do patrimônio, por sua vez, é relativa e normalmente determinada segundo uma conjunção de interesses de ordem econômica.
Adicionalmente outros fatores podem ainda contribuir para definições de interesse como a preservação histórica ou cultural e manutenção de serviços essenciais. O incêndio é entendido como uma ocorrência indesejável. Como tal deve ser evitado ou controlado. Cabendo, na sua ocorrência, sanções econômicas ou jurídicas e atribuição de responsabilidades.
O governo, através dos códigos de obras e outras legislações correlatas, está voltado fundamentalmente para proteção da vida humana. Enquanto isto, a segurança patrimonial é influenciada pela postura das companhias seguradoras. Essa distinção, porém, não é absoluta. Os resultados quanto à proteção estão sempre superpostos não sendo possível a total dissociação entre eles.
A evolução do mundo civilizado e da vida nas cidades, especialmente intensa ao longo do nosso século, converteu o projeto de edificações em um processo complexo. Tal processo envolve conhecimentos especializados e o emprego de novos materiais e tecnologias. A importância das perdas econômicas e de vidas humanas, envolvidas em incêndios, possibilitou o incremento das pesquisas e investigações nesta área do conhecimento nas últimas décadas.
Assim, diante, das tendências mundiais, pode-se criticar a atitude do projetista que considera segurança contra incêndios um simples problema de atendimento a códigos e leis (atitude até compreensível, dentro da realidade brasileira). Outra questão seria a imposição legal do cumprimento de requisitos de segurança estrangeiros. Esta imposição deveria ser convertida em um perfeito domínio dos conceitos de segurança contra incêndio. Assim, seria possível projetar cada edifício com suas peculiaridades.
Por fim, algumas crenças, comuns entre empresários ou construtores, de que os incrementos do nível de segurança contra incêndio são investimentos sem retorno. Além disto, existe a ideia de que o incêndio é um risco a ser simplesmente coberto por um seguro.
Os transtornos sociais derivados dos incêndios são significativos. 20 % das organizações atingidas pelo fogo desaparecem definitivamente. A perda de mercado e o desemprego para muitas pessoas são outros efeitos derivados dos incêndios.
Além disto, o tratamento de queimados exige largos períodos de tempo. E ainda, as consequências das queimaduras restringem a vida social das vítimas. Na área patrimonial, a destruição de um objeto histórico, um marco moral ou espiritual para um país, é uma perda irreparável.
O conhecimento do valor econômico dos bens destruídos em incêndios é muito difícil. Os valores indenizados pelas companhias de seguro são mensurados com enormes variações de referências. As cifras aparentes são relativas.
Os danos ocasionados em atividades agrícolas, nas residências, nos bens públicos e privados que não foram segurados tornam os valores restritos a uma pequena fatia do todo. Os danos indiretos por sua vez, resultam em mais dificuldade de mensuração. Estes podem ser maiores que os danos diretos.
FONTE: Equipe Target