06/04/2016 - Equipe Target
Misturas gasosas para utilização em laboratório de emissão veicular
A NBR 12857 de 03/2016 - Gases e misturas gasosas para utilização em laboratório de emissão veicular — Requisitos estabelece os requisitos mínimos quanto à pureza, exatidão de composição e pressão residual dos gases e misturas gasosas para utilização em laboratório de emissão veicular. Aplica-se aos gases e misturas gasosas utilizados em equipamentos de medição de emissões veiculares.
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Qual o grau de pureza e contaminações do ar sintético?
No caso de gases e misturas gasosas para utilização em laboratório de emissão veicular, algumas definições são importantes. O gás puro é o de composição fixa e conhecida, com teores controlados de contaminantes, como por exemplo: nitrogênio (N2), hidrogênio (H2), propano (C3H8), dióxido de carbono (CO2), ar sintético, oxigênio (O2), hélio (He), monóxido de carbono (CO), n-butano (C4H10), metano (CH4), óxido nítrico (NO), etanol (C2H6O), etano (C2H6), amônia (NH3) e dióxido de enxofre (SO2).
Já uma mistura gasosa é a mistura de substâncias químicas no estado gasoso, de concentrações especificamente determinadas e diluídas em um gás de balanço de pureza controlada. Uma mistura gasosa de referência é utilizada para levantamento da curva característica do analisador e/ou utilizada para a verificação das faixas de medição. Os contaminantes de um gás puro ou mistura são substâncias indesejáveis e passíveis de controle. Os contaminantes são inerentes ao processo de fabricação de um gás puro ou uma mistura.
A pureza mínima é a melhor pureza na qual o gás puro se apresente para que seu uso seja aceitável em determinada aplicação. O grau de pureza do gás define a pureza do gás, sendo expresso por dois algarismos, intercalados por ponto a.b, onde a indica a quantidade sucessiva de algarismos 9 contados a partir da esquerda e b o último algarismo à direita, diferente de 9.
A diferença percentual entre o valor da concentração solicitado e o valor da concentração obtida está relacionada ao método de confecção da mistura. Por exemplo, 400 micromols/mol NO/N2 com tolerância de ± 10 % significam uma mistura com valor nominal da concentração compreendido no intervalo de 360 micromols/mol a 440 micromols/mol de NO/N2.
A pressão residual do gás puro e/ou da mistura gasosa é a pressão mínima até a qual se pode utilizar o cilindro do gás puro ou da mistura, sem alterar sua composição química dentro do respectivo resultado de medição. Recomenda-se observar a pressão residual do cilindro indicada pelo fabricante. Os gases puros e as misturas devem ser acondicionados em cilindros de aço ou de alumínio, que não alterem a composição do produto, conforme NBR ISO 9809-1.
O cilindro deve ser acompanhado de um relatório de ensaio conforme NBR 12858. As conexões dos cilindros para a colocação do regulador automático de pressão devem estar de acordo com a NBR 11725. Recomenda-se que os materiais que entram em contato com as misturas gasosas contendo NO, SO2 ou NH3 sejam fabricados em aço 316 L, inclusive a membrana do regulador de pressão.
Dessa forma, a importância dos laboratórios de emissão veicular está relacionada com o problema da poluição do ar em que tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. Em geral, os veículos automotores são os principais causadores dessa poluição.
As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. O Brasil, como todo país em desenvolvimento, apresenta um crescimento expressivo na frota veicular de suas regiões metropolitanas.
Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões causadas por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde. Essa emissão é composta de gases como: monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SOx), material particulado (MP), etc.
O monóxido de carbono (CO) é uma substância inodora, insípida e incolor – atua no sangue reduzindo sua oxigenação. Os óxidos de nitrogênio (NOx) são uma combinação de nitrogênio e oxigênio que se formam em razão da alta temperatura na câmara de combustão – participa na formação de dióxido de nitrogênio e na formação da névoa fotoquímica.
Os hidrocarbonetos (HC) são a parcela de combustível não queimado ou parcialmente queimado que é expelido pelo motor – alguns tipos de hidrocarbonetos reagem na atmosfera promovendo a formação da névoa fotoquímica. A fuligem (partículas sólidas e líquidas), sob a denominação geral de material particulado (MP), devido ao seu pequeno tamanho, mantém-se suspensa na atmosfera e pode penetrar nas defesas do organismo, atingir os alvéolos pulmonares e ocasionar: mal estar, irritação dos olhos, garganta, pele, dor de cabeça, enjoo, bronquite, asma e câncer de pulmão.
Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem (fumaça preta), a coloração e o mau cheiro desta emissão causa de imediato uma atitude de repulsa e pode ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela redução da visibilidade.
O impacto das emissões veiculares é sentido nas regiões em que a qualidade do ar apresenta elevados níveis de concentração por ozônio e por MP. Ainda que os fatores de emissão dos veículos novos estejam decrescendo, o aumento da frota de veículos e os congestionamentos das vias comprometem os avanços tecnológicos. Além disso, a parcela com tecnologia defasada ainda é significativa.
FONTE: Equipe Target