11/03/2015 - Equipe Target
O curso Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas, também disponível pela internet (clique para assistir), visa capacitar e adequar os profissionais que interagem de forma direta ou indireta com um ambiente de atmosfera potencialmente explosiva. Busca-se conscientizar o profissional quanto à importância de se identificar a potencialidade explosiva de um determinado ambiente, classificando-o para, em seguida, fazer a escolha do equipamento adequado a ser inserido.
A base legal do assunto é a Portaria do Inmetro nº 179, de 18 de maio de 2010, com a sua última redação pela Portaria Inmetro nº 89, de 23 de fevereiro de 2012. O curso está em constante evolução, buscando-se com isso, a satisfação das pessoas que participam em sala ou via internet.
No presente curso, abordam-se as normas que fundamentam o assunto Atmosferas Explosivas considerando-se os diversos modelos de equipamentos conforme a classificação de área, as aplicabilidades e compatibilidades com os riscos previstos nos ambientes. Discutem-se os procedimentos de manutenção e instalação adequados, de acordo com as recomendações técnicas compatíveis, fundamentados em normas apropriadas.
Dessa forma, a proteção contra explosões é uma das medidas mais importantes em matéria de segurança. Em caso de explosão, a vida e a saúde dos trabalhadores são postas em perigo devido ao efeito incontrolado das chamas e da pressão, bem como em virtude dos produtos de reação nocivos e do consumo do oxigênio do ar indispensável à respiração.
Uma explosão é uma libertação súbita de gás a alta pressão. O gás expande, dissipando a sua energia de modo incontrolável através de uma onda de choque. A energia libertada pode assumir a forma de calor, luz, som e força mecânica, isoladamente ou em conjunto.
Por atmosfera explosiva entende-se uma mistura com o ar, em condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis, sob a forma de gases, vapores, névoas ou poeiras, na qual, após a ignição, a combustão se propague a toda a mistura não queimada. A área perigosa é aquela onde se pode formar uma atmosfera explosiva em concentrações que exijam a adoção de medidas de prevenção especiais a fim de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores abrangidos.
Nas indústrias metalúrgicas e metalomecânicas em virtude dos materiais utilizados (líquidos inflamáveis e combustíveis, etc.) e operações perigosas inerentes às atividades (corte e soldadura, preparação de tintas, fundição, etc.) o risco de explosão está presente, pelo que na sua prevenção são essenciais medidas de carácter técnico e organizativo. Essas medidas constituem uma responsabilidade do empregador que deve evitar a formação de atmosferas explosivas ou, se isso for inviável, deve evitar a sua deflagração, bem como a propagação de eventuais explosões.
As áreas perigosas devem ser classificadas, em função da frequência e da duração da presença de atmosferas explosivas:
Zona 0 - área onde existe permanentemente ou durante longos períodos de tempo ou com frequência uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa;
Zona 1 - área onde é provável, em condições normais de funcionamento, a formação ocasional de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa;
Zona 2 - área onde não é provável, em condições normais de funcionamento, a formação de uma atmosfera explosiva constituída por uma mistura com o ar de substâncias inflamáveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa, ou onde essa formação, caso se verifique, seja de curta duração;
Zona 20 - área onde existe permanentemente ou durante longos períodos de tempo ou com frequência uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustível.
O empregador deve avaliar de forma global os riscos de explosão atendendo, para além dos aspectos gerais em matéria de segurança e saúde, aos seguintes aspectos: a probabilidade de ocorrência de atmosferas explosivas, bem como a sua duração; a probabilidade da presença de fontes de ignição, incluindo descargas elétricas e a possibilidade de elas se tornarem ativas e causarem risco; as descargas eletrostáticas provenientes dos trabalhadores ou do ambiente de trabalho enquanto portadores ou geradores de carga elétrica; as instalações, as substâncias utilizadas, os processos e as suas eventuais interações; as áreas que estejam ou possam estar ligadas através de aberturas àquelas onde se possam formar atmosferas explosivas; e a amplitude das consequências previsíveis.
As substâncias inflamáveis ou combustíveis devem ser consideradas como substâncias suscetíveis de formar atmosferas explosivas, salvo se da análise das suas propriedades resultar que, em mistura com o ar, não podem propagar por si próprias uma explosão. As camadas, os depósitos ou as concentrações de poeiras combustíveis devem ser consideradas como qualquer outra fonte susceptível de produzir atmosferas explosivas.
FONTE: Equipe Target