10/12/2014 - Equipe Target
O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) levantou os dados sobre mortes por raios em 2014. Até o meio do mês de novembro, houve 84 fatalidades no país. O número é levemente inferior ao registrado neste mesmo período do ano passado (88). As circunstâncias de mortes coincidem com as médias já encontradas pelo ELAT. Morreram mais pessoas durante atividades agropecuárias (29%) e dentro de casa (18%), o que indica um desconhecimento dos riscos durante tempestades. Há mais vítimas do sexo masculino (89%) e que viviam em áreas rurais (56%).
O relâmpago é uma corrente elétrica muito intensa que ocorre na atmosfera com típica duração de meio segundo e típica trajetória com comprimento de 5 a 10 quilômetros. Ele é consequência do rápido movimento de elétrons de um lugar para outro. Os elétrons se movem tão rápido que fazem o ar ao seu redor iluminar-se, resultando em um clarão, e aquecer-se, resultando em um som (trovão). Apesar de estarem normalmente associados a tempestades, também podem ocorrer em tempestades de neve, tempestades de areia, durante erupções vulcânicas, ou mesmo em outros tipos de nuvens, embora nestes casos costumem ter extensões e intensidade bem menores. Quando a descarga conecta-se ao solo é chamada de raio que é formado por mais de uma descarga e algumas delas podem atingir o solo em locais diferentes. Em cerca de 50% dos raios negativos mais de um ponto é atingido no solo.